Luiz Torquato Giunta, pioneiro da comunicação em Maringá
(fotorestauração ELIEL DINIZ)
Luiz Torquato Giunta chegou em Maringá em 1950, foi casado com
Genoveva Giunta e teve quatro filhos (Eliane, Wilson, Vera e Walter). Sua sogra
era pioneira na cidade e tinha aqui uma pensão (Pensão Estrela), na rua Santos
Dumont, entre as avenidas Getúlio Vargas e Duque de Caxias.
Antes de vir para Maringá, trabalhava como chefe do setor de
fotografia da CMTC. Aqui, hospedado na pensão da sogra, ele conheceu os
proprietários de uma empresa de serviço de som de autofalantes (que tinha 14
cornetas espalhadas pela avenida Brasil) e a cabine central era nos fundos da
loja Prosdócimo, fundada há três anos
Barbosa (o proprietário do som), em conversas soube que
Torquato tinha feito um curso de radiotécnica e propôs que ele comprasse o
serviço de som. Deu negócio!
Mudou as instalações para cômodos alugados no Hotel Bom
Descanso. Construiu uma torre com 25 metros e comprou novos equipamentos com
melhor potência de som. Fez num estúdio para apresentação de artistas ao vivo,
inclusive alguns do Circo do Serrote.
Torquato passou a transmitir, também, novelas emprestadas pela
embaixada dos Estados Unidos (em discos de 15 polegadas) que versavam sobre o
combate ao colunismo.
As 18 horas, diariamente, transmitia a “Hora da Ave Maria”,
escrita pelo jornalista Ivens Lagoano Pacheco e por sua esposa Genoveva Giunta
(Nena).
O jornal falado tinha três edições diárias, apresentados por
Ciro Ludgero da Silva, Janine Kairo (Nina, sua cunhada), Regina Attie e a
esposa Genoveva.
Nesse serviço Luiz Torquato também fazia transmissão em japonês
com músicas do Japão, apresentadas pelo pioneiro Kenji Ueta. No acervo do
Serviço de Autofalantes “Cruzeiro do Sul” tinha um acervo de mais de cinco mil
discos, de 78 rotações (com duas gravações em cada lado).
Neste serviço de autofalantes, vários profissionais iniciaram
as suas carreiras, como exemplo Orlando Manin (o Coronel do Rancho). Luiz
Torquato fazia de tudo: diretor-geral, diretor comercial, animador, apresentador,
programador, locutor e técnico.
Em período de carnaval promovia bailes momescos, com músicas,
no hotel de propriedade de José Vieira (onde hoje é o CIC HM). Mais tarde ele
teve sócio para incrementar o jornalismo, era Foram Ormiro Front. Mais tarde
outros sócios: Raul Maurer Moleta e Alberto Ribeiro de Andrade (o “Galo Cego”).
Começou, então a movimentação para a eleição do primeiro
prefeito de Maringá, vencida por Inocente Villanova Júnior.
Em 1954 comprou a Cantina Veneziana (considerada o melhor
restaurante do norte do Paraná) na rua Santos Dumont, em sociedade com Aldo
Giozete. Em 1956 um incêndio destruiu o prédio. Com o que sobrou Torquato Giunta
abriu a churrascaria Odeon, em frete ao Cine Maringá, que mais tarde se
transformou em um salão de “snooker”, que reunia a elite da época.
Esse pioneiro trabalhou como técnico em abreugrafia (raio X) no
antigo centro de saúde que funcionou por anos na praça da catedral. Dedicou-se
a atividades religiosas após a aposentadoria, na igreja mórmon.
Conheci o sr. Giunta e não sabia dessa história tão magnífica de sua vida. Nessa igreja mórmon também frequentava o sr. Ciro Ludgero com quem fiz algumas viagens.
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