Caiado, Tarcísio, Zema: a sucessão de Lula

Um governo exclusivamente político, sem programas de ação, loteador de ministérios, estatais e perdulário no uso de recursos públicos em excessos de viagens internacionais, aluguel de parlamentares e outras mazelas mostram uma gestão federal tão pífia que partidos e governadores já trabalham para disputar a sucessão de Lula.

Ruim para o atual presidente é que enquanto ele enfraquece, em seu governo não emerge nenhum herdeiro para levar à frente o espólio do PT e partidos associados. Pior, do lado oposto já fortemente garantidos pelo substancial espólio de Bolsonaro, existem muitas opções, entre elas os governadores Romeu Zema (Novo) das Minas Gerais, Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo e já postado na pista para disputar o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Médico, professor, agropecuarista, educado, bom de palanque e de governo, Caiado é oposto de Lula e de Jair Bolsonaro. Se aproxima mais de um recall do pernambucano Eduardo Campos (PSB) que se não tivesse morrido em acidente de avião no dia 13 de agosto de 2014 poderia impedir a reeleição de Dilma Rousseff.

Um trio parada-dura para a próxima campanha presidencial, Caiado, Zema e Tarcísio com certeza vão dar muito trabalho para o governo Lula. Realizarão boas administrações estruturantes em seus estados que somam 71 milhões de habitantes - um terço dos brasileiros – enquanto os governadores de esquerda farão gestões fracas, com realizações dependendo do pires na mão para receber moedinhas federais. 

Esse modelo vai ampliar as desigualdades sociais e com certeza aumentar a criminalidade nesses estados. Segurança, hoje, é a principal demanda dos brasileiros, o que pode ser aferido pelo grande número de policiais eleitos para cargos públicos.