PEC do diploma de jornalismo - deputados do Paraná apóiam
Dos 30
deputados e deputadas paranaenses, 21 foram consultados pelos Sindicatos e
nenhum manifestou ser contrário à aprovação
Os parlamentares que integram a bancada do Paraná na Câmara
Federal, em Brasília, já são maioria em favor dos jornalistas na Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) 206/2012, que estabelece o Diploma de Jornalismo
como critério de acesso à profissão no Brasil. Dos 21, 19 deputados declararam
apoio à causa dos jornalistas.
A luta
pela aprovação da PEC do diploma foi reformulada pela FENAJ e Sindicatos
filiados no início deste ano e teve um marco em abril, mês do Jornalista.
A PEC 206/2012, oriunda do Senado (PEC 33/2009), pretende
corrigir uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que aboliu a exigência
do diploma de nível superior em Jornalismo para o exercício da profissão e
acabou com todo e qualquer critério para a emissão do registro profissional,
bastando a mera auto declaração como garantia de competência para o exercício
da atividade jornalística.
Desde 2015 o texto da PEC 206/2012 foi intensamente debatido,
por três anos no Senado e seis anos na Câmara, em comissões especiais, antes de
chegar na condição em que está atualmente. Por essa razão, reconhecendo o amplo
debate já efetivado, os jornalistas brasileiros entendem que é preciso lutar
pela aprovação da matéria.
Ainda dentro da campanha estadual pela aprovação da PEC do
Diploma, o Sindijor-PR e o Sindijor Norte PR planejam outras ações para
divulgar os apoios já garantidos junto à bancada paranaense e buscar
sensibilizar mais pessoas quanto à importância da causa para a sociedade.
Parlamentares que declararam apoio imediato à PEC do Diploma de
Jornalista:
Aliel Machado (PV); Beto Richa (PSDB); Carol Dartora (PT); Dilceu
Sperafico (PP); Felipe Francischini (União Brasil); Giacobo (PL); Gleisi (PT); Luciano
Alves (PSD); Luciano Ducci (PSB); Luísa Canziani (PSD)
Luiz
Nishimori (PSD); Padovani (União Brasil); Pedro Lupion (PP); Rodrigo Estacho
(PSD); Stephanes Jr (PSD); Tadeu Veneri (PT); Tião Medeiros (PP); Toninho Wandscheer (PP); Zeca Dirceu (PT)
Profissionalização x Direito à Informação
Os primeiros cursos de Jornalismo no país datam de 1940. Em
1969, os jornalistas conquistaram a inclusão, na regulamentação da profissão,
da exigência do diploma para o registro profissional. Nestes mais de 50 anos,
renomadas universidades brasileiras construíram um arcabouço de capacitação do
jornalista, oferecendo aos seus estudantes um conjunto organizado de
conhecimentos, capaz de prepará-los para o exercício profissional.
Até a decisão do STF, em 2009, foram quatro décadas de avanços
na formação dos elementos que ajudaram a construir a consciência crítica da
sociedade. É preciso restabelecer critérios de acesso à profissão, dada a
responsabilidade que os jornalistas têm com as informações. As produções
precisam ser feitas seguindo critérios éticos, com apoio de faculdades e
universidades na formação profissional.
Os cidadãos e ou cidadãs brasileiras tem o acesso à informação
garantido como direito na Constituição. Os sindicatos e a FENAJ entendem que é
com a PEC 206/2012, e através dessa alteração na Constituição, que este tema
deva ser tratado.
Direito Adquirido
A PEC 206/2012 não retroage, ou seja, não vai mudar a situação
de quem tiver obtido o registro profissional antes da aprovação.
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