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Geraldo Altoé, o professor que vira escola


O professor Geraldo Altoé recebe homenagem póstuma com seu nome batizando uma escola municipal, que será inaugurada nesta terça-feira, 7 de maço, no Jardim Atami (Rua Maria Aparecida Silva Martelli).

Professor de toda uma geração maringaense, Geraldo Altoé dedicou toda a sua vida ao magistério. Ele chegou em Maringá em 1953 quando a cidade ainda dava os primeiros passos na organização de ensino. Ele veio do Espírito Santo já com a vocação de professor e aqui marcou sua carreira no Colégio Marista, Colégio Gastão Vidigal e na UEM – Universidade Estadual de Maringá.
Em um bate-papo com o jornalista Eliel Diniz, para um programa de TV, ele contou que havia um colégio de propriedade de um português, Antero Alfredo Chaves Santos, instalado em um prédio arrendado da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. E
quando esse português foi embora de Maringá, o bispo Dom Jaime Luiz Coelho adquiriu o colégio para que esse continuasse com o cunho religioso católico. Foi com Cleto Altoé (parente distante do professor Geraldo) assumindo a direção dessa escola que ela passou a ser Colégio Marista. Ele foi trabalhar lá.
Como era grande a carência de professores na cidade, Geraldo Altoé ministrava aulas diversas. Contou ele que só não ensinava inglês e francês e chegava a dar quatro aulas seguidas numa mesma turma, mudando apenas as matérias (mesmo professor e mesmos
Geraldo Altoé teve uma educação salesiana, que considera bem rigorosa e esse rigor ele mantinha em sala de aulas.
Apaixonado pela educação e pelo ato de ensinar ele buscava estar sempre atento a sua própria educação e continuou a estudar. Fez mestrado e escreveu vários livros, sobre pioneiros, ruas de Maringá e história do rádio em Maringá.
Poucos foram os lugares que ele atuou profissionalmente, ministrando aulas, coordenando o ensino, dirigindo escola. Mas sempre com atuação marcante a ponto de ser um mestre inesquecível de toda uma geração de alunos.
Sua aposentadoria foi compulsória. O professor Altoé não queria deixar o magistério, mas por força de Lei foi obrigado a aceitar o «bilhete azul».
Essa obrigatoriedade em deixar a educação não foi muito bem aceita por ele, pois achava que tinha muito a contribuir ainda nesta área.
No livro “O rádio em Maringá” ele fez um trabalho histórico com bases acadêmicas e lá relata a passagem desse veículo e das outras formas de comunicação através da tecnologia que foi avançando rapidamente.
Ele faleceu aos 89 anos, em 2016, ainda com vários projetos inacabados. Assim como não estava preparado para aposentar-se nas lidas educacionais, também não estava em seus planos morrer ainda com a cabeça cheia de ideias de contribuições para as futuras gerações de Maringá.
A genealogia
Com ancestralidade italiana, o professor Altoé construiu a sua família em Maringá. Foi casado com Anna Teresa Sesconeto Altoé e dessa união nasceram os filhos Luiz Carlos Altoé (Koltoé), Reginaldo Altoé, Adir Roberto Altoé e Geraldo Altoé Júnior (falecido).
São seus netos: Mariana Vargas Altoé e Rafael Altoé, Priscila Dias Altoé, Tatiana Dias Altoé, Ana Alice, Natalia, Guilherme, Thiago Sandri Altoe e Juliene Sandri Altoe.

Luiz Carlos Altoé, divorciado de Adelina Vargas, teve filhos: Mariana e Rafael (netos de Geraldo); Rafael casou-se com Bruna Agostinho Barbosa) e tem os filhos Beatriz Barbosa Altoé e Francisco (bisnetos de Geraldo).
Reginaldo casado com Marinês Dias Altoé tem duas filhas: Priscila e Tatiana (netas de Geraldo).
Geraldo Altoé Júnior (falecido) foi casado com Claudilene Sandri e teve dois filhos: Thiago e Juliene (também netos de Geraldo Altoé). Juliene tem um filho Conrado (bisneto). Geraldo Altoé é um nome que fica para a história de Maringá.


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