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Osvaldo Chiuchetta, o homem do trigo e do fubá de Maringá


Osvaldo Chiuchetta chegou em Maringá no ano de 1953, já com a intenção de montar aqui um moinho de trigo e se tornou pioneiro nessa atividade.

Nessa época o trigo não era um cereal considerado nobre e todas as atenções da região voltava-se para o café.

Ele veio da cidade de Concórdia, Santa Catarina, com a informação de aqui estava a promessa de um futuro promissor. Chiuchetta tinha a força do trabalho, muita vontade e idealismo e a pouca idade era um ponto favorável. Seu ideal era a produção de trigo nas ruas das plantações de café (a principal cultura da época).

Ao adquirir um terreno para a implantação de um moinho de trigo teve que assumir um compromisso de tempo curto de construção. Isso não ocorreu e ao terminar de pagar teve seu cheque devolvido por não cumprimento no prazo assumido. No entanto, houve acordo e seu ideal foi adiante.

Nessa época houve uma grande reforma e incentivo da agricultura por toda a região. A terra fértil correspondia os anseios. No entanto houve muitas dificuldades em convencer os produtores intercalar o trigo na lavoura de café.

Osvaldo Chiuchetta foi em busca de sementes selecionadas para maximizar os resultados dos plantios. Essas sementes vinham do sul do País, de lá também chegaram as primeiras “trilhadeiras” para a colheita do trigo.

As sementes do trigo vinham de trem e iam para o armazém de Chiuchetta transportada por carroças de tração animal.  Ocorriam, então, a distribuição para os produtores.

Chiuchetta sempre esteve na vanguarda da produção agrícola. Foi ele que, na década de 1960, introduziu a criação de porcos de alta linhagem, que vinham do Estado de Santa Catarina. Matrizes eram disponibilizadas para proprietários de terras que faziam criação por toda a região.

Nosso personagem também foi um grande incentivador do consumo de milho e seus derivados e trabalhou com isso por vários anos. Seu moinho de trigo passou a fazer moagem de milho.

Sempre atento aos acontecimentos da cidade ele teve grande participação social. Era vizinho do jornal O Diário (no seu último endereço) e gostava de leituras e de conversar com os jornalistas e era presença constante na redação.

Chiuchetta foi um dos fundadores do clube Teuto Brasileiro, Country Club, CTG -Cento de Tradições Gaúchas e Centro Português.

Foi casado com Shirley Ruggeri Chiuchetta, com quem formou sua família com folhos nascidos em Maringá: Flávio Sérgio, Cláudio Caetano, Marcelo Tadeu, Fernando Augusto e Rosana Helena.

Em Maringá foi o homem do “Fubá Canção” produzido na “Maringá Trigomil”. Ele morreu no dia três de maio de 1919, aos 88 anos de idade.

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