José Sanches Filho, grande nome da comunicação maringaense

José Sanches Filho vivenciou e escreveu os primórdios da história da propaganda em Maringá. Hoje vemos mudanças radicais na forma e no uso da publicidade, com diferentes técnicas e aplicação de tecnologia, com efeitos computadorizados.

Neste período inicial era apenas sistema de som com autofalantes e mais tarde a publicidade falava a língua de linotipos, artes com clichês e tudo impresso em uma só cor. Os rádios funcionavam com válvulas, assim como os televisores em preto e branco.

Pioneiro maringaense, no princípio ele nem pesava em ser homem de comunicação. Queria apenas ser cabeleireiro. Não queria ser barbeiro para ter clientes homens. Sua intenção era praticar a profissão cuidando de cabelos femininos.

José Sanches nasceu em Uchoa que ficava bem próximo a Guaraçai, São Paulo. Com 15 anos de idade ele veio para Maringá e foi morar na Vila Morangueira e conta que viu a cidade crescer por 50 anos. Tentou ser jogador de futebol, mas como trabalhava (como barbeiro) não tinha tempo.

Cabeleireiro, vendedor de livraria, vendedor de anúncios,

diretor comercial de TV, proprietário de rádios, sócio de jornal.

Suas atividades profissionais foram mudando. Ele trabalhou no Banco Moreira Sales e depois na Cia. Melhoramentos (somente por onze meses). Foi trabalhar, então, em uma livraria, a Bandeirantes, que era de propriedade de uma famosa atriz, a Márcia de Windsor, que ficou muito conhecida no Brasil como jurada do programa de Flávio Cavalcanti.

Ele trabalhou com João Batista Francati, que era gerente da Rádio Cultura agenciando anúncios comerciais até o ano de 1975. Foi assim que entrou no ramo publicitário. Depois disso ele fundou a primeira agência de publicidade de Maringá, a Publimar. Ele foi sócio de Ademar Schiavone e Sebastião Gomes da Costa ao fundar a Atual Publicidades. Era uma boa equipe de vendas e eles detinham mais de 60% dos anúncios de publicidades de Maringá.

Nesta época tudo era muito difícil por falta de pessoal e recursos técnicos. As propagandas de televisão eram ao vivo.

A agência de publicidade foi vendida para uma pessoa que despontava na publicidade local, com ideias novas trazidas de Pernambuco. Era Edmundo Albuquerque. Essa agência passou a chamar-se Cunha Rego Publicidades e passou a ter recursos para gravação de áudio.

Sócio e diretor da TV Cultura, que assumiu a programação da Rede Globo

Sanches foi sócio fundador da TV Cultura de Maringá, que na sequência assumiu a programação da Rede Globo – que era, até então, da TV Tibagi. Foi aí que ele ficou desgostoso e se desencantou com a magia da televisão. Não aceitou ser apenas um repetidor de sinais. Apesar de maior potencial de faturamento, a televião não podia mexer na programação então achou melhor deixar a emissora. Foi substituído por Lindolfo Luiz Silva.

Também foi sócio do jornal O Diário (participação de 20%) junto com Joaquim Dutra,Carlos Piovezan, Samuel Silveira, Clóvis Bruno (de Umuarama), João Dutra (de Arapongas) e Salvador Garcia (de Cianorte).

Como já era um importante homem de comunicação, ele comprou a Rádio Guairacá, em Mandaguari, Fachinal e Iporã. Fez parte d Rádio Jornal de Maringá até 1990.

Como já era um importante homem de comunicação, ele comprou a Rádio Guairacá, em Mandaguari, Fachinal e Iporã. Fez parte da Rádio Jornal de Maringá até 1990. Também foi sócio do jornal O Diário (participação de 20%) junto com Joaquim Dutra,Carlos Piovezan, Samuel Silveira, Clóvis Bruno (de Umuarama), João Dutra (de Arapongas) e Salvador Garcia (de Cianorte).

Em outras atividades, fora da comunicação, ele atuou no mercado de telefonia paralela. Montou a Telesanches que comprava e vendia linhas telefônicas. Também teve uma imobiliária que comprava e vendia. Assim ele teve participação em vários terrenos e passou a administrar apenas os bens próprios. Teve Pousada na praia (hoje administrada pelo seu filho Atílio) e em um determinado tempo dedicou-se a piscicultura, com criação de alevinos para criadores.

Com suas atividades na área de comunicação José Sanches Filho conquistou muito respeito profissional e formou várias pessoas habilitando-as para trabalhar com publicidade. Foi um incentivador e professor da atividade publicitária na arte de vendas de um produto que era apenas a expectativa de vender mais. E a história da propaganda maringaense prosseguiu, mas não seria a mesmo sem esses desbravadores.