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VALORES: Pioneiro José Pereira Diniz, de sapateiro de professor

A ORIGEM

Nascido em 1920 na cidade de Conceição de Monte Alegre, um antigo município paulista que passou a ser distrito de Sapezal, que também foi extinto e passou a ser distrito de Paraguaçu Paulista.

Desta localidade, ainda criança ele foi com a família para o município de Ribeirão Claro, no norte pioneiro do Paraná.

O pai, Joaquim Pereira Diniz, era o guarda-livros da prefeitura local e era maestro da banda de música local. A mãe Marieta era dona de casa e cuidava dos três filhos: Berenízia, José e Lourdes.

Em Ribeirão Claro José Diniz casou-se com Clara e nesta cidade tiveram dois filhos: Eli e Elizabete. José Diniz era sapateiro e tinha uma pequena oficina de fabricar calçados e selas e arreios para animais. Teve também um bar.

A cidade de Ribeirão Claro já possuía energia elétrica e abastecimento de água e tinha as ruas centrais pavimentadas com pedras irregulares e casas de alvenaria.

A VINDA EM PIONEIRISMO

No ano de 1950, foi convidado por um amigo para viajar e conhecer um novo povoado que estava surgindo no interior do norte do Paraná. Era Maringá, uma cidade que estava abrindo-se no meio de matas fechadas contada por picadas.

Ele voltou para Ribeirão Claro encantado com as muitas possibilidades que haviam neste novo local que estava sendo desbravado. E, no mês de outubro deste mesmo ano chegou em Maringá com a esposa, filhos e um cunhado, bem jovem (Daniel Pereira da Silva). Vieram definitivamente para morar neste local sem estrutura alguma, sem energia elétrica sem abastecimento de água e com construções de moradias de madeira.

Aqui ele tentou várias atividades para levar a vida. Arrendou terras para tocar café, montou pensão, tinturaria, quitanda, fazia cortes de calçados para vender para sapateiros.

José Diniz, a exemplo de seu pai, era simpatizante da política e trabalhou na campanha para a eleição do primeiro prefeito da cidade, Inocente Villanova Junior.

Depois da eleição ele foi trabalhar como fiscal da prefeitura, ficando em um posto na entrada da cidade (onde hoje é a atual rodoviária) conferindo caminhões de cargas para emitir as guias de recolhimento.

Em 1956 ele também foi nomeado Sub-agente para angariar compradores de terras da Cia. Melhoramentos Norte do Paraná (antiga Cia de Terras).

No ano de 1957, em Maringá, nasceu seu filho mais novo, no Hospital São José, de propriedade do médico Galileu Paschinelli, sob os cuidados do médico Jorge Sato. Nascia, então, Eliel Pereira Diniz.

José Pereira Diniz aprimorou seus conhecimentos e prestou, em 1958, um exame realizado na cidade de Marialva e foi aprovado pela Secretaria de Educação e Cultura do Paraná, como professor. E neste mesmo ano foi designado a assumir a direção do recém criado Grupo Rui Barbosa, de Iguatemi (distrito de Maringá). Em 1960, o governador Moisés Lupion o classificou como Regente de Ensino Primário.

Assim teve um início de atividades como professor. Foi depois para o Grupo Escolar Anita Garibaldi (anexo ao Colégio João XXIII) e depois para uma extensão do Colégio Vital Brasil, no Maringá Velho.

INFLUENCIANDO MAIS PIONEIROS

Nosso personagem influenciou a vinda do sogro, Joaquim Pereira da Silva (Joaquinzinho Serrador) e a sogra Izabel Maria Clara a virem para Maringá, com os demais seis filhos.

A maioria dos familiares foi colocada para trabalhar no sistema educacional do Estado, por incentivo vocacional. Assim também fez com seus próprios filhos que foram para o trabalho no magistério.

MAGISTÉRIO

José Pereira Diniz foi funcionário municipal, como professor, desde 1957. Sua nomeação foi assinada pelo prefeito Américo Dias Ferraz. Deu aulas em escola isolada e trabalhou na secretaria municipal de educação. Trabalhou, também, na Delegacia Regional de Ensino, criada pelo governador Haroldo Leon Peres, do qual era amigo pessoal.

Ele faleceu no dia 27 de abril de 1974, aos 54 anos de idade. Nessa época trabalhava para o município, na biblioteca municipal (esquina das avenidas Duque de Caxias com VX de Novembro). Era também funcionário do Estado. A esposa Clara Pereira Diniz, também professora, viveu até seus 98 anos de idade.

Por proposta do vereador Carlos Alberto de Paula houve uma homenagem póstuma ao pioneiro professor José Pereira Diniz, com seu nome dado a uma rua do Jardim Internorte

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