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VALORES: Ali Wardani líder classista e da comunidade muçulmana de Maringá

Ali Saadeddine Wardani, nascido no Líbano em 1951, chegou no dia 1º de janeiro de 1962 ao Brasil, para conhecer o pai, Saadeddine Ali Wardani, que estava aqui há dez anos. Aqui Ali sempre dedicou-se ao comércio, primeiramente em Jaguapitã e a família mudou-se para Maringá em 1967.

E foi com o advento do casamento de Ali Wardani com Jamili Ahmed Abou Wardani surgiu a ideia de construção de uma mesquita em Maringá.

A cerimônia de casamento foi com todas as características muçulmanas no extinto restaurante Chopin, que localizava-se no Parque de Exposições de Maringá (que ainda levava o nome do ex-presidente militar Emílio Garrastazu Médice). A lua-de mel do casal foi em Gramado, no Rio Grande do Sul e no retorno ele foi procurado por um vizinho, que era chefe de gabinete do prefeito João Paulino Vieira Filho. Tratava-se de um personagem muito conhecido, o Ciro Ludgero da Silva, que esteve no casamento e ficou encantado com a cerimônia.

Ali Wardani contou ao jornalista Eliel Diniz que Ciro Ludgero havia conversado com o prefeito (João Paulino) sobre a cerimônia e a representatividade da comunidade muçulmana em Maringá. Então foi oferecido um terreno para a construção de uma mesquita. A comunidade ficou muito contente e mobilizou-se para fazer o projeto (de autoria de Antonio Picoli). Tudo foi aprovado e a prefeitura de Maringá fez doação do terreno. No lançamento da pedra fundamental teve a presença de muçulmanos de todo o Brasil.

O cargo de sheik é vitalício. No entanto, em caso de desobediência às prescrições do Corão, ele pode ser destituído do posto. "É raro isso ocorrer, mas quando um sheik não é aceito na comunidade, ou deturpa a mensagem do Islamismo, não pode mais aconselhar seus irmãos de fé e é afastado", afirma sheik Jihad Hassan, vice-presidente da Assembléia Mundial da Juventude Islâmica na América Latina.

Vítima da pandemia do coronavírus, Ali Wardani, que presidia o Sindicato dos Lojistas e do Comércio Varejista e Atacadista de Maringá e era diretor proprietário da Karina Móveis. Ele morreu no dia 21 de março de 2021.

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