Rolf Joaquim Georgi, homem das águas de Maringá
A captação das águas do Rio Pirapó para o
abastecimento de Maringá tem um nome fundamental na história: Rolf Joaquim Georgi.
Ele era engenheiro do Departamento Nacional de Obras e Saneamento e chegou em
Maringá no ano de 1964, na primeira gestão do prefeito João Paulino Vieira
Filho, contratado para projetar e executar o projeto de águas potáveis para Maringá.
Na ocasião a água de Maringá vinha de poços artesianos
e era considerada de péssima qualidade e já era contaminada pelas muitas foças
negras que atingia os lençóis freáticos (por não existir também sistema de
esgoto).
Depois de analisar a cidade e região a proposta do engenheiro
Rolf Georgi foi de optar pelas águas do rio Pirapó, pela proximidade e pelo
volume de água. Haviam outras opções, mas não com as mesmas vantagens para
abastecer Maringá, com águas superficiais.
A captação foi feita através de uma barragem e poços de
sucção que levam a água, através de sucção, para uma adutora até na Vila
Morangueira. E, há possibilidade de se instalar uma segunda adutora no rio
Pirapó.
Seu jeito de “militar alemão” fez com que contratasse
outros engenheiros com atividades diferentes sempre sob seu comando para que
nada saísse errado ou fora do planejamento.
A tubulação utilizada em peças de aço especial
financiado pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento, que era de
conhecimento íntimo de Rolf, que soube fazer as exposições para consecução do
benefício financeiro para o município de Maringá.
A pressão da água é de 204 metros de altura para
chegar em Maringá “descambada”. Para provar a resistência da tubulação foram
feitos testes de resistência com tiros de revólver calibre 38, que em nada
afetou os tubos. Nas cidades de Guarapuava e Ponta Grossa houve estouros e
vazamentos e aqui havia a certeza de que tudo daria certo.
Rolf contou para o jornalista Eliel Diniz, em um
programa de TV, que em princípio ficou receoso por causa dos 4 milhões de
litros de água envolvidos em uma descida de 250 metros. Com a obra finalizada
ele garantiu que nunca haveria qualquer tipo de problemas.
Além de Maringá Rolf Joaquim Georgi, além de Maringá,
também fez projetos e execuções em mais 33 cidades no Paraná.
Esse engenheiro conta que nas compras de tubulações
ele sofreu assédios de corrupção para comprar as peças de outras empresas, mas
sua reputação sempre falou mais alto.
Em seus últimos anos de vida ele sempre manteve, além
de Maringá, residência em São Francisco do Sul (SC) e em Porto Alegre (RS), mas
fazia questão de dizer que a sua cidade preferida sempre foi Maringá, onde
criou seus filhos e conquistou muitas amizades, sendo benemérito da Grande
Ordem Maçônica. Ele também foi homenageado pelo CREA-PR quando completou 50
anos de atividade profissional na engenharia.
Esse grande homem da história de Maringá faleceu em 9
de julho de 2011, de causas naturais e foi sepultado em Maringá a cidade que
muito amou.
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