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Dinheiro para combater a Covid-19 tem destino diferente em Maringá

 

Maringá buscou explicação para o uso do dinheiro destinado para o combate ao Covid-19 e seus efeitos, enviados pelo Governo Federal, colocados em outras áreas, como pagamento de funcionários e obras no aeroporto.

“A quantia destinada a Saúde foi efetivamente aplicada e a Prefeitura já prestou contas, mostrando que foi investida em mão de obra de servidores da Saúde. Em Maringá, passamos por um processo onde diversos setores do serviço público foram afetados, um exemplo é o aeroporto e o recurso empregado era para essa natureza. O aeroporto já vinha de gestões anteriores com alto endividamento, nós conseguimos reequilibrar essas contas, o setor aeroviário foi um dos mais afetados na pandemia e o nosso aeroporto é um dos poucos municipais em funcionamento em cidades de porte médio”, disse Marcons Cordiolli,  secretário de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação, de Maringá.

A Lei Federal 173 de 2020 diz respeito a uma verba destinada a estados e cidades. A descrição afirma que o valor deve ser empregado em “ações de enfrentando à Covid-19 e para mitigação de seus efeitos financeiros”. Maringá recebeu até o mês passado R$ 49.215.000,00 por conta da pandemia. Foram gastos R$ 34,7 milhões na folha de pagamento de 13 secretarias e R$ 3,8 milhões para o aeroporto.

“Não é ilegal usar esse recurso para acertar folha de pagamento, foi uma escolha do Prefeito. Agora vários questionamentos devem ser feitos, se havia dinheiro no orçamento municipal, porque usar essa verba? Se houvesse redução de arrecadação até seria mais fácil compreender, mas aconteceu um incremento de 6%. Imaginamos que o valor poderia ter sido usado, por exemplo, na vacinação, para equipamentos de hospitais como o Hospital da Criança. Medidas que diminuíssem os riscos de proliferação”, explicou o vice-presidente do Observatório Social, Milton Laforga.

(MARINGÁ MAIS)

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