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Osvaldo Reis, o "memorialista da cidade"


OSVALDO REIS SABIA TUDO SOBRE MARINGÁ E REGISTRAVA A HISTÓRIA

Osvaldo Fernandes Reis foi escritor com várias obras como: Boca Maldita (ilustração de Luiz Calor Altoé – Kaltoé); 60 anos de Maringá; Maringá e seus prefeitos; Napoleão Moreira da Silva – Um monumento da história e Essas Crianças.

Ele integrou a primeira formação da Academia Maringaense de Letras, convidado pelo professor Galdino Andrade (idealizador, fundador e primeiro presidente dessa entidade). Ele dizia ser “imortal”, mas não “imorrível”.  Osvaldo Reis foi o primeiro orador da ALM e era, nessa função, quem falava em nome da entidade.

Foi um idealizador e organizador da exposição do Sesc para comemorar o dia do escritor, em uma atividade que durava uma semana.

Sua passagem pela Academia de Letras de Maringá (ALM) foi marcante, porém ele pediu afastamento alegando problemas de saúde, mas tinha também sua pouca condição financeira.

Osvaldo Reis nasceu em Bom Sucesso, numa área que ele denominava de área da fome. Veio pequeno para Maringá em seguida acompanhou seu pai e família, pois o pai aventurou-se a plantar café, de forma nômade, de fazenda em fazenda.

Ao retornar para Maringá era adolescente de 13 para 14 anos de idade. Entrou na terceira série com 15 anos de idade, fez madureza ginasial. Ele dizia ter feito até o segundo ano da faculdade de direito por correspondência, pois estudou em Presidente Prudente, onde havia um curso de forma vaga (ia-se uma vez por mês).

Dentre os seus feitos ele contou que foi “animador” político em apresentação de comícios. Com isso conviveu com vários candidatos e passou a ver muitas bolas foras dos outros. Foi arquivando tudo isso na memória e também casos que corriam nos comentários. Em 20 anos de estrada ele compilou tudo isso e escreveu o livro “BOCA MALDITA’’ - Raposas da Política, que foi editado pelo jornalista José Antonio Moscardi (foto na página social desta revista), na Editora Gráfica Clichetec.

Na vida pública Osvaldo Reis, além de ter sido Rei Momo da cidade, foi assessor parlamentar de Renato Bernardi quando era deputado federal, para quem disse ter distribuído santinhos a vida toda, até mesmo depois de sua morte, na missa de sétimo dia.

Foi chefe de gabinete do prefeito Said Ferreira e assim teve um amplo conhecimento de pessoas e de política. Sua entrada na política se deu quando era viajante da empresa Parizotto, quando conheceu Jaime de Carvalho que assessorou até sua ida para a Assembleia Legislativa do Paraná.

Por sua dedicação na assessoria parlamentar ele esteve ao lado do deputado Tadeu França. Dos tratamentos que teve, um que muito o agradou foi feito por uma criança, o chamando de «memorialista da cidade»

Como Rei Momo de Maringá, era chamado de «Primeiro e único» na época, Osvaldo Reis assumiu o reinado de momo e mostrou muita animação. Ele gostava muito de encontrar os amigos na chamada Boca Maldita. Nos últimos tempos de vida ele com a saúde debilitada refugiou-se em um asilo.

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