Iran Sallée, referência de boa educação em Maringá
Chegou em épocas pioneiras e com votos de pobreza. Fez história na educação e na fanfarra do Marista.
Foi no ano de 1955 ele veio chamado pelo padre Cleto, que era do então Ginásio Maringá (antecessor do Colégio Marista). Ele estava até então no Ateneu Don Bosco, em Goiás. Essa história começa com um acidente em rodovia. Iran estava com um grupo de “leigos” católicos que estavam em viagem para catequizar os índios Xavantes, no rio Araguaia. Esse grupo estava em um caminhão que acidentou-se e todos foram parar em um hospital. Lá conheceu o padre Cleto que fez-lhe o convite para vir para Maringá, assim que estivesse recuperado. O convite era para que viesse ministrar aulas de latim. Sua chegada em Maringá foi a bordo de um avião DC-3, da Vasp, quando teve sua mala desviada. Ele tinha, então, somente um livro de latim e uma clarineta que trazia nas mãos.
Sallée contou que em uma tarde andava pela avenida Tiradentes e encontrou-se com o professor Eráclito Machado Sandano e na conversa ele disse que seu pai fazia parte da Banda de Música de Maringá e pediu para que Iran fosse procurá-lo. Ele foi e levou sua clarineta para fazer um teste e foi integrado à banda neste mesmo dia, pois mostrou desenvoltura diante da partitura musical. Assim já foi convidado para uma apresentação marcada.
O professor
Iran deixou o Colégio Marista por ter passado em um concurso estadual e foi
para o Colégio Municipal, que depois mudou o nome para Gastão Vidigal.
Considerava
se um homem realizado. Seu casamento foi em Maringá onde conheceu a esposa.
“Era eu a esposa e Deus”, dizia ele, que complementou dizendo que foi agraciado
por ter três filhas. Contou que sua vida foi no seu “palácio de madeira” feito
de peroba, no mesmo endereço, comprado quando ainda era solteiro. Dizia, ainda,
e que não precisava nem de carro, mesmo assim adquiriu um DKW Belcar, que
possuiu por 25 anos.
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