Ciro Ludgero, pioneiro e entusiasta de Maringá
Ciro Ludgero da Silva foi uma pessoa que marcou sua passagem pela vida e por Maringá. Ele chegou por aqui em novembro de 1951, portanto pioneiro de Maringá, que tinha apenas quatro anos de fundação. Seu irmão João Ludgero da Silva chegou antes e o convidou para vir com o pai Alfredo Ludgero.
Chegando aqui estabeleceram com comércio na rua Santos
Dumont (ao lado da HM). Eles também vendiam imóveis no Maro Grosso e eram “retratistas”
aos finis de semana. O pai e o irmão de Ciro foram pioneiros da fotografia em
Maringá. Aqui fizeram qualificações eleitorais com patrocínio dos partidos
políticos.
Ciro veio atraído pela pujança de Maringá e as perspectivas
de um futuro promissor. Ele viu as floretas se transformando em hortas e jardins
e isso lhe encantava, assim como o traçado urbano da cidade com muitas casas
sendo construídas com madeiras das matas locais.
Aqui Viro começou a trabalhar em uma empresa de altofalantes,
onde se tornou locutor. Era a empresa “Cruzeiro do Sul” que pertencia a Luiz
Torquato Giunta. Ele trabalhou ao lado de Genoveva Giunta e faziam a “hora da
Ave Maria”.
Esse serviço de autofalantes tinha sede na Av. Ipiranga
(hoje Av. Getúlio Vargas) e estava com “cornetas de autofalante” espalhadas da
praça Rocha Pomba até a praça José Bonifácio (pela avenida Brasil). A
programação era bem eclética e tinha até oferecimentos românticos de músicas e
ouvintes para ouvintes.
O trabalho de Ciro passou a ser bastante conhecido e ele
atuou, também, como repórter de campo e narrava futebol. Chegou a introduzir um
jornal falado, com notícias transcritas do Jornal do Brasik, O Estado de
S.Paulo e O Globo. Como repórter (pioneiro) estava presente na vida política e
cobriu a instalação de vários partidos políticos como PSD, PTB, UDN e PSP.
Ao mesmo tempo foi bilheteiro no Cine Maringá (que era de
propriedade de Odwaldo Bueno Neto, pai de Bárbara (Barros) que gerenciava e até
fazia projeções).
Ciro Ludgero teve importância decisiva no benefício de
algodão e seda em Maringá. Fo um dos criadores do Conselho de Segurança de
Maringá, através da Associação de \Moradores da Zona Dois.
Ele trabalhou junto da administração municipal para a
construção do atual prédio da Câmara Municipal. Foi chefe de gabinete do
prefeito João Paulino e trabalhou para a implantação da apicultura em Maringá.
Ciro era bem atuante e fez parte de uma comissão para a
implantação de uma Junta de Conciliação e Julgamento do Trabalho (ao lado dos
Correios). Foi fundamental na implantação e construção da Mesquita Muçulmana de
Maringá.
Casou-se com Rachel com quem teve 7 filhos. Por anos foi
praticante religioso na igreja mórmon e foi bispo da Igreja de |Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias.
Excelente homenagem. Parabéns pela iniciativa.
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