Adriano Valente um prefeito de obras fundamentais
Adriano José Valente ainda jovem advogado passou a escrever a sua história apostando na sorte, pois saiu de São Paulo e veio aventurar-se no norte do Paraná. Primeiramente foi para Londrina e depois para Maringá, com a incumbência de abrir um cartório de registro de imóveis (2º Ofício).
Em Maringá ele foi recebido por Napoleão Moreira da Silva
que também o auxiliou no transporte de livros. Sua vida em terras roxas estava
deslanchando. Depois de estabelecer o cartório ele voltou à prática da
advocacia e se tornou um nome bem conhecido na cidade. Esse seu conhecimento o
levou a pensar na prática política e decidiu ser candidato a prefeito, isso no
ano de 1950, mas desistiu e foi substituído por Vanor Henriques, que não foi
eleito.
Mais tarde, em 1964, voltou a praticar a política partidária
e candidatou-se a prefeito pela então UDN, mas teve apenas 7% dos votos. Isso
não o fez desistir, pois quatro anos depois voltou a subir em palanques na
busca de uma eleição. Foi aí que enfrentou um poderoso adversário, que todos
contavam que seria o prefeito eleito. Tratava-se de João Paulino Vieira Filho,
que obtinha 95% das intenções de votos segundo as pesquisas eleitorais.
Um bulling que virou a campanha lhe deu a vitória
Durante a aguerrida campanha, Adriano foi chamado de
candidato “Pé de Chinelo” e isso virou o mote de sua candidatura.
Com isso ele ganhou muita popularidade de inverteu o
resultado nas urnas, ganhando o pleito.
A cidade era precária e necessitava de tudo.
Nas realizações de Adriano Valente houve várias obras e
construiu o Parque do Ingá e a UEM, numa conquista memorável. A cidade não
tinha água encanada e todos tinham dificuldades em abastecer as suas
residências e isso se tornou uma de suas prioridades. E assim implantou 300
quilômetros de rede de distribuição de água, construindo uma grande caixa de
água nos altos da Zona Cinco, com capacidade de um milhão de litros. Acertou,
com um escritório especializado de São Paulo, a construção da rede de esgotos.
Medidas impopulares, mas necessárias
O prefeito Adriano fechou muitos poços artesianos e com isso
enfrentou protestos. Mas ele explicava que esses poços estavam contaminados
devido a existência de muitas foças negras. Daí por diante passou a distribuir
água tratada para a população.
A equipe administrativa de Adriano Valente foi escolhida por
critérios técnicos e ele a considerava perfeita. Constava nomes como os de Marco Antonio
Lourenço Correia e Luiz Gabriel Sampaio.
Criação do Parque do Ingá
A mata do bosque central (Bosque 1 – hoje Parque do Ingá)
estava sofrendo ataque de lenhadores que destruíam as árvores de maneira
furtiva. Então, a utilização do espaço era necessária e iminente.
Esse Parque do Ingá foi baseado em parques de cidades da
Inglaterra e dos Estados Unidos. Foi feito um lago, de 70 mil metros quadrados,
e para lá foi transferida a primeira locomotiva ferroviária, doada pela
Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. Foram construídos trilhos para o
transporte.
Os paralelepípedos que calçavam as avenidas centrais de
Maringá foram substituídos por asfalto e eles foram fazer o calçamento das vias
internas do Parque.
Criação da UEM
Para a implantação da Universidade de Maringá, Adriano foi
em busca de um dispositivo legal. Nesta época somente s capitais tinham
universidades e a cidade que possuísse pelo menos quatro faculdades poderia
fundar uma universidade. E, com a ajuda do governador Paulo Pimentel –que
assinou o decreto da fundação da UEM (sobre o capô de seu carro, em via
pública), cumprindo, assim, uma promessa feita durante a reunião do Rotary
Clube de Maringá.
Depois de escrever a sua história administrativa, Adriano
Valente nunca abandonou a política. Candidatou-se novamente e participou de
outras administrações integrando o primeiro escalão.
Por Lei Municipal Adriano teve aprovado homenagens. Uma delas
é a nomenclatura do Parque de sua criação, que tem nome oficial de “Parque do
Ingá prefeito Adriano Valente” e também a instalação de uma estátua de corpo
inteiro (que está no parque) e outra trata-se de um “busto” dele na Universidade
Estadual de Maringá (esquecido e ainda não confeccionado).
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