Manchas de petróleo: encontrados tambores da Shell numa das praias atingidas
Manchas de petróleo poluem litoral nordeste brasileiro
Foto: https://blogs.funiber.org |
Desde o dia 2 de setembro, o litoral brasileiro vem
recebendo óleo cru de origem ainda desconhecida. As manchas já chegaram a 14
unidades de conservação, afetando importantes áreas de biodiversidade marinha.
As autoridades locais recolheram mais de cem toneladas de petróleo em mais de
cem praias.
Entre as regiões, parques
nacionais, reservas de proteção ambiental e extrativista, além de zonas de
turismo vêm recebendo petróleo. Segundo o coordenador de Gerencialmente
Costeiro do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), Ricardo César de
Barros Oliveira, em entrevista para a BBC News Brasil, “é um material já
condensado, quase solidificado. É um material consistente que tem óleo
incorporado, mas ele não deixa filmes ou resto de óleo soltos na água”, diz.
Foram encontrados tambores da
marca Shell na Praia da Formosa, em Sergipe. A Universidade Federal de Sergipe
analisou o conteúdo dos barris, e verificaram que era o mesmo tipo de material
encontrado em outras regiões do litoral nas últimas semanas.
Em dois testes, os resultados
foram os mesmos. A empresa Shell afirma que se trata de embalagens de
lubrificante para embarcações, de um lote não produzido no Brasil. A empresa
alega que o produto, chamado de Argina S3 30, foi usado por terceiros.
O governo brasileiro anunciou que
se está realizando uma investigação para determinar o responsável pelo derrame
de petróleo. A empresa brasileira Petrobrás afirmou que o petróleo não é
produzido no Brasil, nem comercializado no país.
Segundo o oceanógrafo
especialista em emergências causadas por óleo Jackson Krauspenhar, como ainda
não se sabe de onde vêm as manchas, fica difícil tomar medidas de cautela.
“Enquanto não conseguimos fazer este parâmetro, não sabemos quando vamos voltar
ao normal. Por enquanto, é necessário que se faça limpeza, e que os técnicos
usem equipamentos”, afirma.
A FUNIBER patrocina
estudos na área ambiental para a formação de profissionais capacitados para a
auditoria ambiental, a preservação e o desenvolvimento sustentável, como por
exemplos, o Mestrado em Ciência e Tecnologia Marinha e
o Mestrado em Gestão e Auditorias Ambientais
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