Londrina: após 60 anos empresa deixa o transporte coletivo
Nesta sexta, 30, a TCGL (Transportes Coletivos Grande Londrina),
após 60 anos em atividade, anunciou o encerramento de suas atividades a partir
do dia 19 de janeiro de 2019.
A
empresa comunicou, através de ofício, à CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e
Urbanismo) e à Prefeitura Municipal de Londrina que não participará da Concorrência
Pública nº. 021/2018.
Conforme
nota divulgada pela TCGL na quinta, 29, após análise do edital de licitação
para o transporte coletivo, constatou-se que os valores não cobrirão os custos
do sistema, haja vista que o referido documento estabelece que o critério de
escolha da empresa vencedora é por menor preço e, segundo a empresa, o ideal
seria uma combinação de técnica e preço. A preocupação é que o serviço venha a
ser operado por uma empresa que não tenha qualificação técnica para operar o
sistema de uma cidade como Londrina.
A
TCGL destaca ainda que a planilha adotada pela CMTU não permite nenhum tipo de
ganho por eficiência e não estimula a redução de custos. Há que se levar em
conta também o fato de não haver qualquer previsão da existência de uma agência
reguladora que possa garantir a execução do contrato de forma segura e evitar
que decisões políticas interfiram no equilíbrio econômico-financeiro da
operação como acontece atualmente.
Uma empresa de auditoria independente apontou um desequilíbrio de mais de R$ 11 milhões entre janeiro e setembro de 2018 e deverápassar dos R$ 15 milhões até o final do ano.
A nota finaliza dizendo que "Feitos esses esclarecimentos, esperamos que o bom senso e respeito aos contratos prevaleçam para que se possa fazer uma transição adequada aos vencedores do certame licitatório, sem prejuízos aos passageiros e à população em geral de Londrina”.
A
decisão da empresa foi comunicada ao sindicato da categoria e a forma de
encerramento do contrato de trabalho dos funcionários já estão sendo definidas.
Fundada
em 1958 sob o comando da empresa Irmãos Lopes, recebeu o nome de Viação Urbana
Londrinense (VUL) passando a ter o nome atual no ano de 1978. Em 1997 foi
adquirida pelo Grupo Constantino que implantou um novo modelo de gestão baseado
em indicadores de qualidade e produtividade.
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