Lava-Jato prende deputados estaduais no Rio de Janeiro
Operação
Lava-Jato, no Rio de Janeiro, faz uma nova operação com prisão de deputados
estaduais envolvidos em escândalo de propinas e mensalinhos.
Um
esquema foi detectado após investigações sobre compra
e venda de votos na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A
movimentação foi de ao menos R$ 54 milhões, segundo informou o superintendente
da Polícia Federal, Ricardo Saadi.
A
declaração foi dada em entrevista coletiva nesta quinta-feira (8), após a
deflagração da Operação Furna da Onça, que investiga
o que o Ministério Público Federal chama de "mensalinho" da Alerj.
Os valores chegavam a R$ 900 mil.
A
investida cumpriu todos os 22 mandados de prisão – três alvos já estavam presos
desde o fim de 2017, quando da Operação Cadeia Velha. No total, dez são
deputados estaduais, cinco deles reeleitos.
“A prisão temporária foi decretada e não será
submetida à Alerj”, destacou Carlos Aguiar, do MPF.
Também
foi alvo da operação o secretário estadual de Governo, Affonso Monnerat,
apontado como o canal entre Alerj e Palácio Guanabara - o governador, Luiz
Fernando Pezão, não é investigado.
Estão
foragidos o presidente do Detran, Leonardo Jacob, e seu antecessor, Vinícius
Farah, em cujas gestões, segundo a força-tarefa, lotearam-se cargos como parte
das vantagens indevidas.
Houve ainda 47 mandados de busca e
apreensão - um foi na Alerj, no prédio anexo; outro no Palácio Guanabara, sede
do governo estadual.
O nome da operação é referência a uma
sala ao lado do plenário da Alerj onde deputados se reúnem para discussões
reservadas antes de votações.
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