MPF denuncia ex-diretor do DER-PR na Lava Jato

No esquema de propinas roram movimentados pelo menos R$ 90 milhões de modo fraudulento. A denúncia mostra também contratações irregulares firmadas pela Econorte com empresas ligadas a agentes públicos do Paraná, incluindo ex-servidores do DER e da Casa Civil estadual.
Essas empresas não prestavam nenhum serviço à concessionária ou os prestavam com superfaturamento, de modo a beneficiar os próprios agentes públicos e familiares deles. Ainda de acordo com a força-tarefa Lava Jato aqui em Curitiba, ao mesmo tempo em que eram realizados pagamentos a empresas relacionadas a operadores financeiros e agentes públicos, a Econorte foi contemplada com três termos aditivos. As alterações garantiram aumentos de tarifa cobrada nos pedágios, ainda que obras previstas no contrato não fossem entregues.
O ex-diretor do DER é apontado como o principal responsável pelo esquema dentro do governo. No período em que os aditivos foram viabilizados à Econorte, Leal Júnior apresentou incremento patrimonial incompatível com os rendimentos. As investigações mostraram que o ex-diretor comprou um apartamento de luxo em Balneário Camboriu, litoral norte de Santa Catarina, com recursos em espécie. Entre 2013 e 2016, Leal Júnior recebeu mais de dois milhões de reais, sem comprovação de origem.
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