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Biodiesel de soja tem realidade próxima

O mundo passa por momentos difíceis na área de combustíveis fósseis, considerados finitos. Em alguns países o diesel já está com uso proibido e essa é uma tendencia que vai ganhando fôlego na medida que o mundo se conscientiza de que precisa respirar.
Os preços sobem vertiginosamente no mercado mundial, e os países que não tem produção própria ou que produzem de forma insulficiente passam por dificuldades maiores.

O Brasil já criou essa consciência há 40 anos. Com a criação do pró-alcool surgiram várias microdestilarias que com o passar do tempo foram desativadas, mesmo assim em todo o País o álcool tem força nos combustíveis, tanto na forma do etanol veicular quanto em sua mistura à gasolina.

Houve evolução, pois nos últimos dez anos, a destinação de óleo de soja para a fabricação de biodiesel – que respondeu por 70% do total no ano passado - cresceu expressivos 243%, chegando a 2,75 milhões de toneladas, de acordo com informações da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). No mesmo período, a produção de soja em grão subiu 84% e a de óleo de soja 31,6%, totalizando 110,2 milhões de toneladas e 8,3 milhões de toneladas, respectivamente. E isso mesmo com as usinas operando com apenas metade da capacidade, conforme a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Os estudos mostram mudança na fórmula do diesel, que, desde o começo de março, passou a ter pelo menos 10% de biodiesel em sua composição. É o chamado B10 do programa federal Renovabio, que foi antecipado em um ano pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Até então, a mistura era de 8%.
As usinas têm capacidade suficiente, o problema hoje é mais uma perspectiva de demanda. Elas fizeram investimentos e estão aguardando o aumento, para que a capacidade seja usada. Essa antecipação de um ano gera um efeito de 1,3 milhão de metros cúbicos na demanda neste ano.
A alteração deve elevar a demanda anual por óleo de soja a 3,7 milhões de toneladas na indústria brasileira de combustível, enquanto que o esmagamento da oleaginosa para a produção de biodiesel pode alcançar 18,5 milhões de toneladas em 2018, o que corresponde a 16% da safra brasileira e 4 milhões de toneladas a mais do que no ano anterior.

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